COP 16 - Tempestade de área e poeira na origem de danos nefastos no Continente
Cerca de 13 mil milhões de dólares do produto interno bruto do Norte de África e médio Oriente se perdem anulamente devido as tempestades de areia e poeira, assegurou em Riade, Arábia Saudita, a Comissária da União Africana Josefa Correia Sacko.
A Diplomata teceu estas considerações quando intervinha no fórum das convenções das Nações Unidas (COP16) de combate à desertificação, garantiu que esta perda é, de facto muito grande e equivalente ao PIB combinado de três países do continente (Sudão do Sul, ESwatini e Libéria).
Josefa Sacko, salientou que as tempestades de areia e poeira têm continuado a afectar o clima, os ecossistemas, agricultura, transportes e vidas humanas no continente.
“Os países mais afectados pelas tempestades de areia e poeira a nível mundial são os na região do Sahel, uma vez que o deserto do Sara é uma das maiores fontes de poeira, não só em África, mas em todo o mundo ”, frisou .
No seu entender os lagos secos e os sedimentos soltos das zonas costeiras também contribuem para as poeiras, sendo que o rápido aumento das actividades humana, como a construção, a agricultura e as más práticas de gestão dos solos agravam o problema.
Sublinhou que a ocorrência de meningite na região do Sahel, fortemente associada a períodos de elevada concentração de poeiras estima-se que cerca de 250 mil pessoas contraiam esta doença potencialmente fatal todos os anos.
De acordo com a Comissária da UA uma outra componente importante da resposta e do reforço da resiliência contra tempestades de areia e poeira é garantir a disponibilidade de informações atempadas que permita uma ação rápida.
A Comissão garantiu que através do Sistema de Alerta Rápido e de Acção Rápida contra os Riscos Múltiplos em África (AMHEWAS), continuará a assegurar e a reforçar a disponibilidade, a acessibilidade e a utilização deste sistema contra as tempestades de areia e poeira no continente.
Ressaltou que o programa AMHEWAS continuará a reforçar as capacidades dos peritos do Sahel para implementar acções de antecipação de alerta precoce, a nível nacional e regional, evitando assim os impactos nefastos.
Deste modo exortou aos Governos, organizações internacionais, sociedade civis e todas as partes interessadas a continuar e multiplicar os esforços para resiliência contra estas tempestades para enfrentar os impactos que devem priorizar a redução dos danos diretos e potenciais que está a causar às vidas humanas.
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